Made in Portugal, Chapter I

Ao contrário dos vizinhos espanhóis, os nosso realizadores exploram muito pouco as potencialidades que a composição musical original lhes pode trazer.
De grosso modo temos tido os nossos autores mais ilustres (Oliveira ou César Monteiro) que não abdicam de utilizar trechos de música dita erudita, várias vezes como pontuação dos quadros, o que lhes acentua a pose teatral; por outro lado temos os que procuram trabalhar um público mais vasto (Joaquim Leitão) que gostam de carregar os seus filmes com músicas pop rock como âncora do tempo que retratam ou como veículo de identificação. Há excepcções, e mesmos estes realizadores o têm sido, mas fica feita a advertência inicial que não há muita coisa.

E se já há pouco recurso à composição original, então no que toca à edição ainda mais rareia a coisa. Sobram então alguns títulos:
Bernardo Sassetti, compositor de forte filiação jazzística, tem sido dos mais produtivos. No entanto só com Alice viu uma das suas bandas sonoras conhecer edição;

Pedro Renato, que trouxe algum do imaginário do qual já viviam os Belle Chase Hotel para a sua composição instrumental, conseguiu edição para so seus trabalhos Respirar (Debaixo de Água) e Esquece tudo o que te disse.